VOU VOLTAR

Nem Lambari e nem Campanha: # partiuBH, para o Teatro Bradesco, para assistirmos a estreia de VOU VOLTAR
O teatro ainda enchendo.
Nada de fotografias, mesmo porque não quero perder nada, preocupado em ficar registrando pra você. De vez em quando, uma fotinha.
O teatro é algo mágico. A criatividade nas transformações de cenário, às vezes com poucos equipamentos, como aqui, me impressiona. Esses pequenos "baús" se deslocando pelo palco, alguns banquinhos... podem ser tudo: um guichê de uma embaixada, um assento para uma assembleia, um camarim, uma mesa para se escrever uma carta saudosa para uma família, uma elevação para uma performance musical...
Essa foto tirei do face desse maravilhoso grupo da cidade de Barbacena.


Foram mais de 2 horas ininterruptas de apresentação. Uma maravilha de espetáculo, diga-se de passagem.
Estamos nos preparando para pegar a estrada e assim não tenho tempo de tecer meus próprios cometários quanto às emoções que esses artistas nos passaram. Posso lhe adiantar que é algo que mexe muito com a gente. Então leia aí:

A peça aborda questões dos refugiados, das tantas fronteiras e os sentimentos do medo, a perda da identidade, o acolhimento, a rejeição, a coragem, a violência, as opções políticas e econômicas que impelem milhares e milhares de seres humanos a deixar suas casas e buscar refúgio.
Para isso, eles contam a história do grupo uruguaio El Galpón, que está às vésperas de completar 70 anos de atividades ininterruptas. Durante a Ditatura Militar, no Uruguai e em grande parte da América Latina, o grupo foi decretado ilegal. Teve o teatro e todos os bens confiscados, os principais atores proibidos de atuar, diretores presos e torturados.
Os integrantes foram soltos por pressão internacional, parte pediu asilo na embaixada mexicana e se refugiaram no México, onde permaneceram por nove anos. Eles se mantiveram em atividade como grupo de teatro se apresentando no México e em 17 países. Depois de cada espetáculo, denunciavam a situação política do Uruguai e da América Latina.
Para contar esta história, o grupo esteve no Uruguai onde conversou com os integrantes do El Galpón e levantou documentação histórica. Cenas citam os escritores uruguaios Eduardo Galeano e Mário Benedetti, que também foram exilados.
A peça possui ainda canções latinas e brasileiras, algumas compostas especialmente para o espetáculo, por Pitágoras Silveira e Pablo Bertola, que também assina a direção musical
E no elenco estão Ana Alice Souza, Carolina Damasceno, Érica Elke, João Melo, Júlia Medeiros, Lido Loschi, Renato Neves, Ronaldo Pereira e Soraia Moraes.

Fonte: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/situacao-de-refugiados-e-tema-de-espetaculo-que-estreia-em-barbacena.ghtml

Essa foto já é minha. Como acabou o espetáculo, já posso ficar à vontade.


O teatro lotado aplaude efusivamente, de pé.
Regina Bertola é a grande responsável pelo Ponto de Partida, um grupo que tem 37 anos de existência e optou por permanecer em Barbacena, onde tudo começou.
Ela deu uma péssima notícia. A Escola Bituca de Música, uma das mais conceituadas do pais, está sem patrocinador, quase sendo fechada.
Nós a conhecemos, juntamente com o grupo, em Muriaé, quando da inauguração do Teatro Belmira Villas Boas.
Ela reforça que o teatro é a fonte arregimentadora das lutas transformadoras de uma sociedade, "Se não se consegue encher as praças e ruas para o protesto, que encham os teatros".
Então vamos abraçá-la. É uma guerreira.
ir
Esse abraço é muito especial. Pelo zap de Clebinho, lá em SP , avisamos a artista Júlia Medeiros que estávamos vindo pra BH , só para vê-los. Eles são amigos e nós falamos com ela nas duas vezes que viajamos para Barbacena, também somente para assistir o grupo. 

Outra artista maravilhosa.

Outro talentoso artrista. É muito bom abraçar essa turma.

Quer ver um pouco mais sobre o Ponto de Partida? Meu blog é tiete deles. Veja lá:





Agora eu vou partir, mas temos mais emoções pela frente. 

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