UM MOTIVO MUITO SÉRIO NOS LEVOU A JF NESSE FIM DE SEMANA
Mirian e eu partimos sexta cedo. À noite estávamos no centro daquela cidade. Uma paradinha na Rua São João para o primeiro registro.
O Calçadão da Rua Halfed estava fervendo de gente. |
Uma
longa fila aqui. |
Estava
indo em direção ao Cine Theatro Central.Sobre ele, a gente resume no wikipedia que:
O Cine-Theatro
Central tem capacidade para 1,881 espectadores. O projeto, do arquiteto
Raphal Arcuri, uma das primeiras influências aqui do art déco, e a decoração interna e da autoria de Angelo Biggi
As obras duraram
um ano e quatro meses, e a inauguração finalmente ocorreu em 1929.
O prédio foi
tombado pelo IPHAN em 1994, quando passou a ser administrado pela
Universidade Federal de JF.
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E por falar em art déco, há outras amostras desse estilo por aqui. |
Voltando ao Central, nós e o sobrinho Mateus estamos dentro dessa.
Olha o que nos trouxe a juiz de Fora. Três feras juntas num mesmo show. Isso é imperdível. Depois de um fim de semana com Ouro de Minas em Muriaé, vou fechar aqui um porre de MPB em uma semana. |
Uma maravilha tudo aqui. |
E nós lá dentro, só aguardando o início. |
Vá dando uma curtida nesse monumento. |
Os ingressos acabaram em pouco tempo. A UNIMED JF patrocinou, para que os preços fossem melhores. |
As fotos foram tiradas sutilmente, das próprias cadeiras e com celular. Não era permitido fotografar com câmeras e flashs.
A iluminação foi perfeita e o show começa com MPB-4. Esse grupo foi a paixão de uma geração. Quando Magro, um dos integrantes, morreu, estivemos na cremação de seu corpo,lá em SP.
E depois entra em cena Ivan Lins, um fenômeno da MPB. Até recentemente ele era o cantor brasileiro mais gravado no exterior,só perdendo para Tom Jobim. Não sei se ainda detêm essa marca.
Dentre as muitas coisas boas cantadas como
Aqui é o Meu País,
Depende de Nós
Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá
Por uma infeliz coincidência, no dia do show, 17 de março, Elis Regina completaria 72 anos se viva estivesse. Em sua homenagem:
Madalena
Oh Madalena, o meu peito percebeu,
que o mar é uma gota,
comparado ao pranto meu.
Fique certa, quando o nosso amor desperta
logo o sol se desespera
e se esconde lá na serra
Ei Madalena! O que é meu não se divide
Nem tampouco se admite
Quem do nosso amor duvide
Ivan Lins fez uma sequência de músicas tratando do relacionamento, passando pelo período de relação pouco amistosa entre o casal, que ele chama de época dos arremessos de tudo. De livros, de abajur, de discos. Aí vem:
Me deixa em Paz
Me deixa em paz
Que eu já não aguento mais
Me deixa em paz
Sai de mim
Me deixa em paz
Vai...
Hoje o fogo se apagou
Nosso jogo terminou
Vai pra onde Deus quiser
Já é hora de você partir
Não adianta mais ficar
Bilhete
Quebrei o teu prato
Tranquei o meu quarto
Bebi teu licor
Já arrumei a sala
Já fiz tua mala
Pus no corredor
Eu limpei minha vida
Te tirei do meu corpo
Te tirei das entranhas
Fiz um tipo de aborto
E por fim nosso caso acabou
Está morto
Jogue a copia da chave
Por debaixo da porta
Que é pra não ter motivos
De pensar numa volta
Fique junto dos seus
Boa sorte, adeus!
Tranquei o meu quarto
Bebi teu licor
Já arrumei a sala
Já fiz tua mala
Pus no corredor
Eu limpei minha vida
Te tirei do meu corpo
Te tirei das entranhas
Fiz um tipo de aborto
E por fim nosso caso acabou
Está morto
Jogue a copia da chave
Por debaixo da porta
Que é pra não ter motivos
De pensar numa volta
Fique junto dos seus
Boa sorte, adeus!
Saindo de Mim
Você foi saindo de mim
Devagar e pra sempre
De uma forma sincera
Definitivamente
Você foi saindo de mim
Por todos os meus poros
E ainda está saindo
Nas vezes em que choro
Começar de Novo
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Ter me rebelado
Ter me debatido
Ter me machucado
Ter sobrevivido
Ter virado a mesa
Ter me conhecido
Ter virado o barco
Ter me socorrido
Começar de novo
E contar comigo
Vai valer a pena
Ter amanhecido
Mas isso pode ser revertido num relacionamento, numa nova fase de amor. Ivan canta
Lembra de Mim
Lembra de mim
Dos beijos que escrevi nos muros a giz
Os mais bonitos continuam por lá
Documentando que alguém foi feliz
Lembra de mim
Nós dois nas ruas provocando os casais
Amando mais do que o amor é capaz
Perto daqui há tempos atrás
Lembra de mim
A gente sempre se casava ao luar
Depois jogava nossos corpos no mar
Tão naufragados e exaustos de amar
Dos beijos que escrevi nos muros a giz
Os mais bonitos continuam por lá
Documentando que alguém foi feliz
Lembra de mim
Nós dois nas ruas provocando os casais
Amando mais do que o amor é capaz
Perto daqui há tempos atrás
Lembra de mim
A gente sempre se casava ao luar
Depois jogava nossos corpos no mar
Tão naufragados e exaustos de amar
O clima foi esquentando quando se aproximava o fim do show. Aí todos voltaram para o palco e a plateia foi ao delírio.
Quem Te viu Quem Te Vê
Hoje o samba saiu lá lalaiá, procurando você
Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer
E mais dois "bis' para atender ao público.
Na saída as primas Dulci e Dinea Paradela. A primeira, psicóloga e bancária aposentada e a segunda ainda na ativa, como gerente da Caixa em JF. |
Que motivo maravilhoso, primos! Juiz de Fora exala cultura. Feliz por vocês.
ResponderExcluirAdoro o Teatro Central. Quando vou a JF chego lá primeiro para ver a programação. Tem sempre alguma coisa ótima, banquete para o espírito. Sempre entro assim que abrem o teatro para ficar curtindo o estilo. No teto, em primeira linha perto do palco, à minha direita o nosso compositor Carlos Gomes (sua ópera "O Guarani¨ é o Nascer do Brasil, linda!). À esquerda, no teto, do Teatro Central, quem? Nada menos que o maior compositor e diretor de óperas de todos os tempos: Verdi, o italiano, Giuseppe Verdi. Várias outras pinturas magistrais ali.
ResponderExcluirBom, e por quê nunca conheci esse GATO, o sobrinho Mateus? Dulci e Dinéa: um abraço !