MODELANDO

Aprendi agora esse termo. Lembra que fiz uma matéria recente sobre o padrão das lojas de Belisário, também na área de vestuário?
Pois hoje Lucas, o proprietário da loja abaixo, veio aqui em casa pra uma sessão de fotografias.
Bruninha tem se destacado pelo seu bom gosto em vestir, na customização de roupas, maquiagem e por saber se colocar diante de uma câmera.
E Lucas quis registrar conosco a sua vinda à nossa casa.

As primeiras  fotos são minhas. As demais Lucas me mandou pelo zap. Elas e muitas outras vão compor books, vídeos, etc.
O objetivo dessa matéria é o de mostrar a evolução do comportamento de nossa comunidade. Não sei de Dárcio Calais e D. Nina lembram que as moças da zona rural vinham descalças e se calçavam na entrada da rua, e se maquiavam nos casamentos, passando papel crepon no rosto, para funcionar como rouge. A coisa mudou.

Comentários

  1. Já faz muito tempo que a região oeste de Belisário, tendo ao fundo a Serra do Brigadeiro, é considerada (sem nenhuma exagero) a Suíça Brasileira. Estou vendo agora que o Distrito se prepara para competir com os centros mundiais da moda, sejam eles Milão, Paris ou Nova York. O Lucas tem visão de empreendedor e a Bruninha tem todos os atributos de uma "top model", quais sejam: postura diante das câmeras, charme de modelo e "saúde" física para a função. Com a combinação desses dois fatores, "ninguém segura" Belisário. Lembro-me muito bem do tempo em que as moças vinham descalças para os casamentos e domingos de missa. Muitas vezes usavam a nossa casa para lavarem os pés com alguma privacidade. Lembro-me também que algumas noivas procuravam minha mãe como "consultora de modas".

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  2. E a cerimônia na igreja é a que exigia mais "aprumo". Como em Babilônia (hoje a bela cidade de VIEIRAS) a igreja ficava no alto de um morro bem a pique, o calçado também impedia de subir melhor o morro de terra em época de chuva. E como chovia naquele tempo! Assim, lembro-me muito bem, de todos calçando meias nos pés sujos de barro, mais ao lado da entrada da igreja e colocando cada um os seus sapatos. Medida, aliás, que com certeza tinha a ver também com o respeito ao lugar sagrado, sempre limpo e, nos casamentos, até com arcos de flores na entrada, costume que já não se vê mais, acho. Era bonito, os noivos tiravam a primeira foto debaixo daquele arco, bem na porta da igreja.
    Quanto à melhoria das lojas em nosso Belisário, acho que o regresso de belisarienses que se achavam fora, em Mauá, SP, por exemplo, e outros que se capacitaram trabalhando em lojas de Muriaé, trouxeram idéias novas e a ousadia empreendedora. Quanto a essa ousadia, sei de um caso que a própria comerciante me contou, aí: estava trabalhando em uma butique em Muriaé, observando todo o manejo, inclusive financeiro e um dia resolveu ir conversar com um gerente de banco. Diz que aprendeu muito nessa conversa. Saiu de lá, animada a abrir seu negócio em Belisário e já até com um empréstimo a caminho. Em Beli, no domingo daquele fim-de-semana adiantou o projeto. Negociou o aluguel do espaço conseguindo prazo para instalação e experiência de dois mêses, isso sem ainda bem decidir que tipo de loja abriria. Não tinha nem um tostão de capital, mas dívidas também não. Regressando a Muriaé, estudou e realizou as demais etapas.
    A abertura da loja se deu com decoração apropriada, estoque pequeno porém atraente e, até onde vi, vai direitinho... e a proprietária (não estou autorizada a revelar seu nome) parece feliz com a iniciativa e por estar de novo em Belisário. Meus votos de mais sucesso !

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  3. Que jardim lindo está ficando o de vocês, Cléber! Qualquer dia desse a Globo vai ai rodar uma novela... Se todo mundo soubesse o quanto valoriza a sua propriedade arrumando as coisas direitinho, embelezaríamos mais as propriedades. E às vezes nem custa tanto mais. Por exemplo, as cercas à beira da estrada. Custaria cortar moerões retinhos e do mesmo tamanho? Colocar os arames no alinhamento certo? Pode é demorar um pouco mais, mas quem está com "a corda na cintura"? Plantar flores, seria pedir demais? Gosto de viajar de ônibus. O encanto está em conversar com os colegas passageiros e também olhar a paisagem e as propriedades de beira de estrada. Não perco uma e fico imaginando um paisagismo ali... Sempre quero saber quem são os proprietários. Em nosso meio, o poder público também às vezes faz as coisas muito precárias, como aquela "pinguela", vindo de Muriaé para Beli, depois da Terezinha. Será que já ajeitaram aquilo? Na cabeça de alguns parece que roça é para ser feio mesmo... Ainda bem que a maioria não é assim. Nosso interior de Minas Gerais, embora não se compare com o interior dos estados do sul, está cada dia mais "manero", ou será cada dia mais mineiro?

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