Esse quintal sempre teve muita alegria, para receber filhos e netos. Esse ano vai ficar meio triste, mas nos próximos a alegria vai voltar, com certeza, afinal, Tudo tem o seu tempo determinado, e há
tempo para todo o propósito debaixo do céu... Tempo de chorar, e tempo de rir;
tempo de prantear, e tempo de dançar...
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Água não falta. Uma massagem nessa cadeira deve ser algo bem interessante.
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Viemos conversar fiado com o casal Landis Rosa e Luzia. O casal, ainda com o coração doido pela perda recente de um filho, está reagindo bem. A esperança cristã dá muito força
Trouxe, como companhia, o também amigo "Guina". Pra quem não conhece, ele e a esposa Marlene moram em Muriaé mas mantêm uma casa aqui em Beli e sempre vêm pra cá. Na semana do Natal, já subiram a serra. Landis lembra de Marlene bem pequenininha aqui em Bli e Luzia foi sua colega de escola, no primeiro ano primário.
Muito casos, boas lembranças do passado, da roça, dos relacionamentos de antigamente... Aqueles papos de velhos. |
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Certas horas tínhamos de aumentar o volume da voz. A galinhada entrava em coro na maior cantoria. Cheguei a sugerir trancar as aves na sala, pra gente conversas sossegado no quintal. |
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Tudo isso por causa de alguns ovinhos que eram botados. |
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Se não bicar sai EMBELISARIO. Arreda aí, vai! |
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Guina não conhecia as habilidades de Landis. |
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Com um simples canivete ele faz trabalhos manuais. |
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Coisa de artesão mesmo. |
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Mas nem tudo aqui é de bom gosto. |
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Durante toda a visita essas pencas de bananas ficaram olhando pra mim. |
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E Landis também ofereceu arrancar mandioca fresquinha. |
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Com muita chuva e terreno arado para o plantio, nem precisa de enxadão pra arrancar. Vem no braço mesmo. |
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Essa tá fisgada. |
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Serviço completo. |
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Até a terra é retirada aqui mesmo. |
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Conversa vai, conversa vem, mas é hora de partir. Vamos descer pra Beli. Adoro essa região. |
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Dr. Dárcio sempre lembra que por aqui descia a adutora que abastecia Belisário.
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As pessoas insistem muito e eu, mesmo sem graça, acabo aceitando. Fazer o quê? |
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Mas a conversa continua, agora somente com Guina, aqui em casa. Parada pra um cafezinho.
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A vida é dura mas mesmo assim:
A gente vai levando
A gente vai levando
A gente vai levando
A gente vai levando essa chama
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É bem compreensível o período de tristeza pelo qual passam o Landis e a Luzia. E, como já sabemos, esta não é a primeira vez que eles vivenciam uma perda tão sofrida.
ResponderExcluirFelizmente temos os valores espirituais que nos confortam e amenizam nossas dores físicas e emocionais. Numa próxima ida a Belisário, quero fazer uma visita ao amigo Landis, mesmo sabendo que vou ficar com muita inveja da morada e do estilo de vida dele. E falando da natureza, sempre que vejo uma galinha num ninho rústico e "romântico", me lembro da covardia da avicultura empresarial que prende uma pobre galinha numa gaiola de 30cm x 30cm x 30cm, onde ela passa a vida botando ovo e não pode nem mudar de posição. Tudo em nome da competitividade econômica. E ainda sou obrigado a ouvir um imbecil dizer que as aves não têm sentimentos, não têm emoções. Sugeri a ele que tentasse tomar de uma galinha um pintainho recém-nascido. Garanto que ia sentir "na cara" as "emoções" de uma mãe muito zelosa.
Excelente comentário, como sempre
ResponderExcluirTeste
ResponderExcluirguina