ESSA CASA QUE UM NOME NOS DÁ

Descemos a Serra de Belisário na manhã de sexta.
A igrejinha está quase pronta. Foi praticamente reconstruída.
Vamos pegar à direita.
E já estamos em JF.  Essa ponte é nova. 
Já essa, guarda muitas histórias.
A  RFFSA nunca pode deixar de ser postada.
A Escola Normal tem uma história que se entrelaça em alguns pontos com a "Casa" a que o título se refere.
Cruzamos a Rio Branco.
O nosso objetivo de passar por JF está aqui.
A fachada principal é exuberante. Cada janela dessa tem uma história. Muitos estudaram aqui em regime de internato, assim como eu, que aqui cheguei em 1969, como bolsista.
Meu pai saiu da roça e veio estudar aqui, para se tornar depois, pastor metodista. Meus irmãos aqui estudaram e também meu filhos. Mirian foi Psicóloga aqui por 10 anos.
Agora vem a explicação para o título da matéria. Veja parte do hino do Granbery:
Granberyenses, a história sagrada

Desta casa que o nome nos dá
Há de ser em noss´alma guardada
Nosso lema da vida será.

A casa do Reitor virou a sede da Associação de Ex-Alunos. Esse é o nosso destino.
Taís é colaboradora da Associação. Antônio Isair, ex-aluno. 
Denir Machado preside a Associação Nacional dos Granberyenses.  Cibele, de branco, é minha irmã, secretaria o Núcleo Rio, da Associação. Ela coordenou esse bate papo hoje, aqui na sede. Amanhã, sábado, haverá momentos de confraternização envolvendo mais gente. 
O Granbery desperta muita paixão naqueles que por aqui passaram. Isso é sentido principalmente, nas turmas das décadas anteriores aos anos 80. 
Nessa sala montaram o gabinete do Reitor. Mister Moore ficou marcado como o grande nome a ocupar essa cadeira. 
Rev. Trevenzoli é parte integrante da história do Granbery. Assentado o também ex-aluno Isaias Laval, que veio de SP
Aloysio Marinho ajuda a agitar  esses encontros. Ele e sua esposa Gisele providenciaram as camisas desse evento.
Nas suas origens a Igreja Metodista era fortemente ligada à educação.Na Inglaterra, nos fundos dos templos deveria sempre haver uma escola.
De óculos,  o Professor Clóvis Pinto de Castro, que acaba de aceitar o convite para ocupar o cargo de Reitor do Granbery. Aliás, em ótima hora. Portador de um curriculum acadêmico riquíssimo e já tendo ocupado também o cargo de Reitor de Universidade Metodista  ele veio sanar uma grave crise que se abateu sobre a instituição nos últimos meses. Seu jeito mineiro de ser, já que é natural de Ubá, embora já esteja há muitas décadas afastado de Minas, está facilitando a retomada do clima dentro da instituição. Seu estilo simples e comunicativo facilita tudo.

De mãos levantadas "Iedo". Esse apelido veio do fato de ser sobrinho da Professora Ieda Rocha, diretora do Colégio na época em que ele veio estudar aqui.
Opa! Chegou Maria Helena Terror, ex-Presidente da Associação e ainda grande ativista da entidade. Veio conhecer e abraçar o Reitor.
Esse livro será aberto  hoje.
Uma rápida cerimônia para isso.
O Professor Clóvis será o primeiro a assinar. Fez um rápido pronunciamento, declarando-se "pequeno" para estar falando para ex-alunos, diante de nomes altamente expressivos que por aqui passaram,  como Elias Boaventura e Almir Maia, que deixaram marcas profundas no sistema educacional metodista. 
Lembra da forte participação de Almir para que se conseguisse o reconhecimento do Curso de Teologia da Faculdade Metodista em São Bernardo do Campo, época em que ele dirigia essa instituição, bem como a grande contribuição de ambos quando foram reitores da Universidade Metodista de Piracicaba
Vamos assinar, Reitor?
Agora Denir.

E também assina Mariana Panisset, que também foi diretora da Associação. O nome "Panisset" também tem muito peso na educação brasileira . Lembra que mostrei o prédio da Escola Normal no início da matéria? O bisavó de Mariana, o Professor João Batista Panisset, dirigiu por muitos anos aquela instituição. Tive o privilégio de conviver com ele na Igreja Metodista. O avô dela, Professor Ulisses Panisset, presidiu o Conselho Federal de Educação.
Cibele, do Núcleo Rio, também assina.
Agora, assinam todos os presentes.
Delma Paradela...
... e Cléber Paradela.
Aloysio Marinho...
... Iedo...
... Isaias Laval.
Souveniers  diversos
Vamos ver mais os espaços da sede.
O Sino é um dos símbolos do Granbery. Ele marcava os tempos dos internos. Hora de acordar, de comer, de dormir...


Bate sino até cansar,

Toque sino até quebrar...
Sinto um arrepio
Porque já faz frio...
Bate inda mais, toque inda mais
Hás de arrebentar...


Bater sempre é o meu dever,

Não se zangue bom rapaz!
Se eu dormir como vai ser?
Ninguém quer trabalhar mais.
Não se zangue bom rapaz,
É um dever que vou cumprir,
Pois chegará o dia
De nunca mais ouvir

Quando um dia, terminado

Meu estudo feito aqui
Sino bom que falta enorme
Vou sentir então de ti
Todo dia, sem cessar,
Sem jamais eu me cansar
Hei de sentir saudades

Uniformes do Colégio ao longo dos anos.
Na saída do encontro pegamos esse visual.

Parabéns ao Instituto Granbery da Igreja Metodista, que está comemorando 127 anos de existência, sou grato a Deus por coisas boas que se passaram por minha vida ou pelas quais a minha vida passou (não sei separar coisa de outra).
Um delas foi o Instituto Granbery da Igreja Metodista (JF), onde estudou meu pai, meus irmãos e também eu, em regime de internato, no final da década de 70. Lá fui funcionário, professor, Mírian atuou como Psicóloga e no Granbery os meus três filhos  deram os primeiros passos na educação escolar. Essa instituição foi fundamental para a formação de muitas gerações.
Em reunião recente de ex-alunos daquela "Casa", na cidade de Piracicaba, da qual não pude participar, o queridíssimo amigo, Professor e Pastor Sérgio Marcus Pinto Lopes, ex-Reitor da Instituição, escreveu o Credo abaixo. 

Cremos que o Granbery foi criado visando ao bem maior de todos os seres humanos e que sua proposta envolve o reconhecimento e a dependência do Ser Eterno a quem chamamos Deus!
Cremos que desde sua proposta original como instituição educativa, o Granbery propôs-se a desenvolver uma geração de pessoas produtivas, dignas, firmes em suas convicções, cheias de um espírito fraternal e que desejam o bem da Pátria brasileira.
Cremos que entre as muitas virtudes a que o Granbery nos convida encontra-se uma disposição de fé, para o enfrentamento das lutas a favor do bem, no embate com todas as forças destruidoras que provocam a injustiça e o desrespeito à dignidade humana.
Cremos que o Granbery convoca a todos nós granberyenses, alunos e alunas, ex-alunos e ex-alunas, mestres, funcionários e funcionárias, a que formemos fileiras na afirmação da verdade como condição fundamental para o bem estar social e para a reivindicação dos direitos humanos.
Cremos que o respeito a todas as pessoas – independentemente de sua herança pessoal, suas crenças, sua origem étnica ou nacional, suas opções de vida, seu sexo, sua condição social – é marca fundamental granberyense e que este respeito assim contribui para a condição de cidadania que inclui a todas as pessoas.
Cremos que o Granbery desafia a todos os que a ele se relacionam para que não se acomodem simplesmente ao que é bom, mas que realmente desejem a excelência em todos os campos de suas atividades, almejando alcançar a perfeição, ainda que reconheçam ser este um dos mais sublimes e difíceis ideais.
Cremos e confessamos que a honra do Granbery só pode ser alcançada se os granberyenses e as granberyenses levarem a sério a herança histórica que ele vem construindo ao longo dos muitos anos de sua existência e que cresce imperceptivelmente, através do tempo, como a árvore(crescit occulto velut arbor aevo).
Cremos que o modo de herdar e passar adiante a herança do Granbery dá-se pelo trabalho sério e responsável de todas as pessoas que passam ou passaram por ele, pequenas ou grandes, humildes ou destacadas, antigas ou recentes, e que no seu dia a dia se recordam desta casa que o nome lhes dá, procurando honrá-la com sua própria vida.
Assim crendo, propomo-nos a assumir este credo durante nossa vida de modo a que ele se constitua em um lema que nos acompanhe em todo o tempo.

Sérgio Marcus Pinto Lopes
2 de agosto de 2013.


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