CPT EM BELISARIO

Belisário esteve muito agitado hoje. Como começamos a mostrar, estamos aqui com a turma do Coral da AABB-BH. Mas tem muito mais. Veja essas placas.


E de Muriaé também, é claro.
Mas isso não mostra nada. São mais de 40 pessoas vindas de quase  todas as regiões de Minas. Uberlândia, Montes Claros, Almenara, Governador Valadares, Mariana.... Vieram do Triângulo Mineiro, leste e nordeste do estado, e Zona da Mata.
Tá aí o motivo. O nosso distrito está sediando uma  XXI Assembleia Estadual da Comissão Pastoral da Terra.


Segurei esse grupinho para uma foto. Tem gente da todo lado aqui. Também vieram de vans e carros utilitários.
Motivo de orgulho o nosso distrito receber um evento dessa envergadura. O brilho do Frei Gilberto junto a órgãos da Igreja Católica traz luzes para nossa comunidade. Se continuar assim, nos próximos dez anos até a sede da Igreja pode sair do Vaticano para Belisário. Quem sabe?
Muito envolvido que estou com a recepção do coral, não pude acompanhar mais de perto esse trabalho.
Nessa hora o coordenador da CPT em Minas,  Edivaldo estava prestando o relatório do o trabalho desenvolvido pelo órgão no Estado.

 Dá pra ver que é muito atuante.
Uma foto com a coordenação regional. Esse de boné vai merecer outro comentário. Com Reinaldo e Graziele, de lenço, ouvimos que essa Assembleia acontece a cada 3 anos, que aqui será eleita a nova diretoria, que o órgão está ligado à CNBB e que ela é uma presença pastoral na defesa de minorias, lutando contra minerações, barragens, monocultura de um modo geral, e tudo que coloca em riso vidas e a natureza. Lutam pela reforma agrária, e pela demarcação de terras de indígenas e quilombolas.

Quando a gente vai a Salvador de carro dormimos em Itaobim. Lembra que dessa vez paramos no distrito do Pasmado, mostramo e compramos artesanatos em cerâmica, muito bonitos? Pois é, essa é Gislene e mora lá. Andou  680 km pra chegar aqui
Um movimento, uma ideologia, um ideal, também se manifesta pela simbologia.
E o foco da CPT são os frutos da terra.
Uma homenagem  a Alvimar Ribeiro dos Santos, falecido agora, dia 16 de agosto, que lutou pelos trabalhadoras da cidade e do campo, e indígenas do norte de Minas. As suas ações foram decisivas para a reconquista do território do povo indígena Xacriabá e do território quilombola de Brejo dos Crioulos. Ele deu grande contribuição à luta pelos direitos sociais em Minas Gerais.
Deu uma passada pelos grupos que discutiam e avaliavam as proposta da Pastoral.
Esse texto que estava sendo discutido vaoipara os metodistas históricos que acompanham nosso blog.
A autora é a Pastora Nancy Pereira, da Igreja Metodista, que escreveu o texto na IV Assembleia da CPT, ou seja, já há muitos anos, época em que a Igreja Metodista era uma denominação ecumênica. Hoje a pastora seria punida se tivesse essa participação em nome daquela Igreja. Esse retrocesso da IM me fez desligar da Igreja.

Fiquei devendo um comentário sobre esse de boné cinza. Ele é o "Farinhada", que já esteve por várias vezes em Belisário. É um showman no palco, cantando modas de violas e canções  regionais antigas e de rodas. Seus shows já apareceram aqui no blog. 
Mas não é só isso. Ele também tem uma ótima base teológica na defesa da terra.
Essa que está falando também me impressionou muito. Uma linguagem simples, mas profunda.
Vamos falar novamente sobre essa Assembleia lá na frente. Voltaremos a tratar do Coral da AABB nas próximas matérias.

Veja mais esse resuminho que fiz do Google:

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) foi criada em 1975, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para atender os anseios dos trabalhadores rurais, posseiros e peões, sobretudo na Amazônia, explorados em seu trabalho, submetidos a condições análogas ao trabalho escravo e expulsos das terras que ocupavam.
Posteriormente a CPT adquiriu caráter ecumênico, passando a receber agentes de outras igrejas cristãs, destacadamente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Também voltada para a proteção do meio ambiente, a água se tornou um eixo de ação da CPT, entrando na defesa da água como um direito da humanidade e dos demais seres vivos e contra toda tentativa de privatização na sua comercialização, também denunciando a destruição de nascentes, a poluição pelos agrotóxicos e pela ação das mineradoras.

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