ENTRE OS PREPARATIVOS DA FESTA FOMOS VISITAR ZÉLIA E JORGE

Primeiro um destaque para o título da matéria. Se fosse em Minas nós teríamos ido visitar Jorge e Zélia. Numa sociedade matriarcal como a baiana, a mulher é a dona da casa. Morando aqui, a nossa casa era de "Mirian de Cléber". Em Belisário a casa é do "Cléber da Mirian".

Mas vamos devagar. Estamos na Bahia, onde não há pressa. Vamos mostrar os preparativo do niver de Alice. Uma ida rápida à Ceasinha do Rio Vermelho, com a norinha Mari,  para as últimas compras.
Uma passada no apê dos amigos Mariana Mongeroth e Martial para pegar algumas coisa de ornamentação. Eu adoro uma vista panorâmica. Como eu sempre lhe mostro tudo, vá vendo ai um pouco de Salvador
Alice recebe o presente comprado pela Vovó Mirian. Uma boneca parecida com ela, que não tinha nenhuma boneca. Ela gostou de ficar dando água pra bichinha.
Pouca diferença de idade entre os quatro.
Esqueci de citar que Luisa chegou na noite anterior, com Bianca. Tiago e Leo não vieram. 
Bia coloca a conversa em dia com a sobrinha, relembrando o passado de ambas.
Cara duma, focinho da outra. Despertando o sentimento materno na pequena.
Voltemos ao título da matéria. Clebinho queria muito vir aqui. Viemos os dois
Fiquei impressionadíssimo com a montagem dessa casa. Com certeza esse é hoje o melhor museu de Salvador. A Prefeitura foi a responsável pela obra. ACM Neto precisava mesmo recuperar essa casa pois, além do significado do casal para a Bahia, erma grandes amigos de seu avô, ACM, outra paixão dos baianos.
Esse jardim é muito significativo para a história do casal Amado.
A gente vai ver que eles viajaram muuuuito pelo Brasil e pelo mundo.  Lembranças dessas andanças.
Esse é um dos mais fortes espaços da casa. Você ouve trechos dos livros diversos de Jorge Amado, com imagens projetadas.
Todos os cômodos da casa têm sempre uma história sendo reproduzida numa tela. Aqui a família Amado. Cada um é um desses bonecos.
O neto "Jonga", como se lê na blusa, é João Amado Neto. Ele  frequentou a nossa casa. Era e ainda é, muito amigo de Clebinho. Depois a gente fala nisso.
Essa é a simpática Marlory, orientadora do museu.
Segundo Clebinho os pesquisadores conseguiram resgatar mais de 100 mil cartas escritas por Jorge Amado. Lembre-se que na ápoca não tinha e-mail nem zap zap. Já Zélia amava fotografar e revelar fotos. Dai a riqueza desse acervo.

Aqui a história de vida de Zélia, filha de imigrantes italianos, nascida em 2 de julho, uma data marcante para os baianos, do ano de 1916, em São Paulo. Ela é contada através de imagens halográficas. Uma beleza!
Você já sentiu aquela vontade de aproveitar que o dono da casa não está por perto, pra dar uma xeretada em uma de suas gavetas? Claro que sim! Pois aqui você faz isso, lendo parte de suas cartas.


Leia essa para o "Zé"reclamando a dificuldade em escrever na  moderna máquina de escrever que ele "veio de comprar". Ela nem acha o cedilha nessa nova e avançada tecnologia.,
Olha as gavetas iluminadas aí.
Também há projeção em telão.
Suas camisas sempre muito sóbrias.
Carta para a neta Maria João.
Jorge Amado gostava de sapos. Esse lago, que já foi a piscina, é hoje a morada deles. Cada sapão...
Bule Bule sempre foi uma figura marcante do Pelô. Ainda está vivo, com 102 anos. Farras e noitadas prolongam a vida das pesssas.
A biblioteca da casa. Cabe lembrar que as obras de Amado foram traduzidas para 44 idiomas. Um dos brasileiros mais lidos pelo mundo.
Sua história contada por famosos.
Parte melhor da casa: a cozinha.
Ninguém melhor do que Dadá para dar receitas baianas. A "Negona" é uma figuraça e tem um restaurante no Pelô. Um simpatia e era amiga do casal.
Você escolhe a receita que quer.
Vá vendo os pratos montados na vitrine, como que originais. Arroz de Hauçá...
Bolo de Puba...
Muqueca...
Acarajé...
Sarapatel...
Esse você mesmo lê.
Outro cômodo.
Estamos no quarto do casal.Aqui são projetadas as inúmeras viagens que eles fizeram pelo Brasil e pelo mundo. Nunca vi um casal viajar tanto. Mirian e eu, quando crescermos, queremos ser iguais a eles. Uma pena! Hoje a gente quase não sai de casa...
Jorge e Zélia foram militantes de esquerda sobre isso, leia:
Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu sua filha Paloma.
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.( http://www.jorgeamado.org.br).
Aqui uma visita a Fidel Castro.
O astronauta russo Yuri Gagarin, o primeiro homem a viajar pelo espaço também esteve com o casal. 
A atriz Sophia Loren também. Eles certamente foram as pessoas mais bem articuladas desse Brasil.
Aqui várias personalidades falam um pouco de Jorge Amado, com projeção numa tela
Veja aí quem participa dessa roda de conversa.
Aqui Clebinho externa a sua frustração. A pesquisa não está completa. Naquela área eles ensaiavam o "CurtiSamba", um grupo de pagode que eles criaram, onde ele era tecladista e produtor, e "Jonga", o neto de Jorge Amado, que mostramos lá atrás, era o baterista.
Tem razão a sua revolta. Se falam e mostram visitando a casa, Tom Jobim, Vinicius, Caetano, Bethânia, Se fala de Jean Paul Sartre, de Simone Beauvoir, e tantos outros, porque não citar os os jovens pagodeiros, ritmo esse que tanta contribuição deu para a formação da cultura brasileira?
Tenho de admitir que meu filho me dá muitas alegrias, mas já me deu esta tristeza.
Mais cenas do casal viajante.
De volta ao Brasil o inquieto casal morou em Copacabana. 
Mas como apresenta o documentário, era a CASA DO RIO VERMELHO o porto seguro de ambos, para onde eles sempre retornavam

Queria falar mais e entrar em mais detalhes, mas temos pressa. Depois eu mostro o motivo.
Recomendo de montão uma visita a essa casa.

Veja mais: (http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=75)

Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado.
Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.
Publicou seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau.
Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.
Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.
Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu sua filha Paloma.
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro.
Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89 anos.
Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.

Acervo

Comentários

  1. Maravilhosa matéria sobre a Casa do Rio Vermelho. Realmente não foi esse museu pelo qual passei quando estive em Salvador. E que cidade belíssima, heim? Vou procurar a foto p te mostrar, porque já faz mto tempo... Acho q foi no pelourinho, onde tirei uma foto na casa onde foi filmado D. Flor e seus dois maridos e nessa praça tinha a casa de Jorge Amado, uma casa de cor azul, mas devido ao tempo não entrei. Era um pequeno museu. Corrija-me se estiver enganada. Gde abraço.

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  2. Isso Liliana! Você foi na casa de Jorge Amado, no Pelourinho. Essa do Rio Vermelho é mais dinâmica.

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