COMPLICANDO O TRÂNSITO MAS POR UMA BOA CAUSA

Eu já confessei que nada me tira mais do sério do que trânsito engarrafado. Fico desesperado para pensar uma forma de sair dele, mesmo que isso aumente em três vezes o percurso.
Eu fico até com vontade de repetir o filme Um Dia de Fúria, com Michel Douglas no papel principal, mostrando um desempregado que tenta chegar na casa da ex-mulher para a festa de aniversário de sua filha e como o trânsito não deixa, ele larga o carro no meio da pista e sai batendo e quebrando tudo o que vê pela frente, na cidade de Los Angeles.
Na Avenida Rio Branco, em Juiz de Fora, essa vontade sempre bate em mim. Para que isso não aconteça, eu dificilmente passo por ela. 

Domingo passado, quando geralmente é mais tranquilo o trânsito, decidi enfrentá-la. Mas estava muito lento. Motivo muito justo: a faixa exclusiva para ônibus foi fechada para lazer dos pedestres, a partir da Santa Casa.
O conflito de interesses é flagrante nas cidades. Carros, ônibus, ciclistas e pedestres querem o seu espaço respeitado e geralmente há conflito de interesses. Mas domingo os carros devem ser sacrificados.
Muito legal as famílias descerem de seus apartamentos para curtirem uma rua pra chamar de sua.
Quando é que um pai tem a oportunidade de sentar com sua filha pré-adolescente para uma conversa tão informal assim, rigorosamente no meio da rua?
Olha que cena!
Mais essas.
Quem preferir vai fotografar com câmeras e droner.
No trevo do Bom Pastor a concentração era maior.
Equipes brincando com a garotada.
Um sonzão alegrando o ambiente. Vê-se que é uma programação da Prefeitura.
Os gestores públicos precisam estar atentos a programações que amenizem os impactos negativos do stress nas cidades. São coisas que geralmente não têm um custo tão elevado, mas que trazem resultados positivos na melhoria da qualidade de vida.
Essa já é uma cena triste para mim. Exatamente nessa placa "Mãos à Obra" até poucos dias estava a casa de meus pais. Foi vendida, depois de ambos falecidos e agora demolida, para se transformar em oficina.
Testemunhas físicas de parte da história do casal Celsino e Cléa deixaram de existir aqui. Uma pena!

...Naquela mesa estão faltando eles
E as saudade deles tá doendo em mim...

Comentários

Posts mais visitados do último mês