"... ESTIVE NA PRISÃO, E FOSTE VER-ME..."
Alguns mandamentos do Mestre não são fáceis de serem observados. Um deles está em Mateus 5:39-41: " ... Porque tive fome, e destes-me de comer; ... e estive na prisão, e foste me ver."
Nessa época em que o crime venceu as forças de segurança no país e, como consequência, a cada dia mais gente adere à frase: "bandido bom é bandido morto", quem se importa com um preso? Só mesmo um seu familiar.
Eu tenho ficado impressionadíssimo, agora em que a redução da maioridade penal vem sendo discutida, não com a possibilidade de menores serem colocados em presídios, mesmo sendo em áreas separadas dos maiores. Mas impressionado, sim, em ver o Poder Público assumir publicamente que presídios são escolas do crime e que quem entra lá nunca se reabilita. Ora cara pálida! Você é presidente da república, Ministro da Justiça, governador... Não pode aceitar passivamente isso.
Essas preliminares somente para lhe apresentar uma grata experiência de reabilitação, que conheci hoje. A foto abaixo é de "fulano". Vamos preservá-lo, por motivos óbvios. Ele foi condenado por crime de tráfico de drogas. Cumpriu 5 anos de cadeia, em regime fechado e no semi-aberto e, recentemente, acabou de cumprir a sua pena.
Ele tem uma visão clara da "besteira" que fez, seduzido pela ganância de ganhar dinheiro fácil. Perdeu a esposa, trouxe constrangimentos fortes para as duas filhas e teve a sua vida arrasada. Guarda hoje um profundo arrependimento pelo que fez, mas deu a volta por cima. Passou confiança para o juiz da vara de execuções penais, quando foi para o semi-aberto, passou a frequentar uma igreja cristã e mudou de vida. Está empregado e é considerado o melhor trabalhador da equipe.
Foi uma experiência muito boa pra mim. Precisamos dosar o desejo de punição de criminosos, sem perder a visão cristã de de que estes também são filhos do mesmo Deus. É um desafio. |
Olá Cleber, parabéns pela iniciativa de apresentar esse exemplo de vida!
ResponderExcluirRealmente não há na vida nada mais difícil que exercer o perdão verdadeiro e abraçar aquele que errou ao longo da sua história.
A sedução do argumento punitivo é grande pois lida com o instinto primitivo de vingança que existe em todo homem, mas a religiosidade é a nossa vacina contra esse mal.
Parabéns também para o "fulano", pois, as regenerações são bem raras.
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