RETORNANDO NA HISTÓRIA

Estamos em JF. Viemos no sábado especialmente para participarmos do casamento de Estela e José Guilherme. Ela é filha dos primos Héber e Dina. Os pais de Héber moraram em Belisário, na propriedade da família Toko, alguns quilômetros de Beli, na direção de Rosário da Limeira. 
De lá, tia Iris saiu para vir para JF para o bebê nascer e retornou para que em Belisário Héber passasse parte de sua infância. Detesta quando falam que ele é de Juiz de Fora. Faz questão de dizer que é belisariense.
Agora, na noite de domingo, fomos visitar Selma e Francisco. Ela é minha prima e tia de Mirian. Para quem não sabe, minha patroa é também minha prima.
A belisariense Selma é neta de Sebastião Gonçalves Martins, aquele que fez o traçado de Belisário, a convite do Belisário Alves Pereira.
Selma nasceu naquela propriedade próxima à minha casa, onde mora hoje Alexon.
Uma história que muito me comoveu e tem ares tristes e engraçados, diz respeito ao dia em que minha mãe, que morava em Belisário, desceu para casar-se na Igreja Metodista de Muriaé.
Chovia muito e eles não tinham recursos para que a família comparecesse à cerimônia, até por falta de roupa adequada. Minha mãe era costureira e assim pode emprestar um vestido para a irmã Ester, mãe de Selma, ir representando a família. 
Desceram os noivos Celsino e Clea (meus pais)  e Ester, a pé até Itamuri, onde pegaram condução para Muriaé. Chovia muito. Todos descalços, para somente colocar os sapatos quando chegaram em Itamuri.
Ai vem o engraçado nisso: De lá meus pais viajaram. Ester voltou com o vestido para Belisário e lá o entregou para o Reverendo Aristóteles Mendonça, que dava assistência pastoral ao distrito, para que ele o fizesse chegar nas mãos de Celsino, com quem se encontraria em breve, em uma reunião de pastores, creio que em Juiz de Fora. Meu pai havia acabado de sair da Faculdade de Teologia.
O tal reverendo esqueceu o vestido em sua pasta e a sua esposa ficou tiririca com ele, quando viu a peça feminina lá. Quiz logo saber da história, só que ele esqueceu de quem era a tal peça. 
Um dia ele se encontro com Ester, lá em Belisário, que lhe cobrou a entrega do vestido. Pronto! O esquecido pastor pode explicar aliviado para a esposa que raio e vestido era aquele. Seu casamento estava salvo.

Comentários

  1. É, Cléber,
    Voltar no tempo, rever familiares e amigos é mesmo muito bom.
    Parabéns aos que se casaram e que sejam sempre muito felizes. Nossas famílias foram entrelaçadas (Izidoro Isaias, irmão do bisavô de Mirian, com Clementina sobrinha de meu avô, Juquinha e Moacir Sigiliano com Augusta e Osória, sobrinhas de mamãe) e eu me sinto envolvida nesses laços maravilhosos também. Como parentesco também.
    com Clementina sobrinha de meu avô

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