ELIS, A MUSICAL

Uma noite inesquecível. Fui ontem ao Teatro Alfa para assistir "ELIS, A MUSICAL". Caía uma chuvinha fina, um trânsito péssimo. Desistir, jamais! Sai 90 minutos antes. São 22 km de distância.
Foi um maravilhoso espetáculo, onde tive a oportunidade de ouvir um repertório com 51  músicas e vinhetas que foram os grandes sucessos da "Pimentinha", tais como “Arrastão”, “Casa no Campo”, “Águas de Março”, “Dois pra lá, dois pra cá”, “Como Nossos Pais”, “Aos Nossos Filhos”, “Fascinação”, “O Bêbado e o Equilibrista”, “Madalena”, “O Trem Azul” e ... 
O público tem idade superior a 50 anos, com raras exceções.

É algo que não tem preço. Elis faleceu em 1982. Eu nunca tive a oportunidade de vê-la, exceto na TV. Agora, 32 anos depois, eu posso assisti-la ao vivo, através da artista Laila Garin, que usa 3 diferentes perucas para representar a cantora. Ela fala igual, tem os mesmos trejeitos, canta igual... Fantástico. Pra viver a personagem título, ela foi selecionada entre mais de 200 candidatas. 


Elis, A musical” surgiu de um texto escrito por Nelson Motta (foto abaixo-copiada). Nelsinho  acompanhou de perto a sua vida e a carreira de Elis, tendo sido seu amigo e produtor, e declara: “Trinta anos depois de sua morte, Elis continua como a maior referência de todas as novas gerações de cantoras."
O espetáculo é dirigido por  Dennis Carvalho
Antes de começar ainda dá pra tirar fotos.
Na internet a gente lê que os ensaios de “Elis, A musical” duraram 80 dias, com todo o elenco passando diariamente por aulas de canto, interpretação e expressão corporal. Tem 19 atores em cena, uma banda com 9 músicos e 265 pessoas envolvidas na produção para recriar no palco cerca de 20 anos de história, a partir de sua primeira apresentação numa rádio em Porto Alegre, sua ida para o Rio, através de Carlos Imperial, depois Miele, seu dois casamentos com Ronaldo Bôscoli, e César Camargo Mariano...
As fotos abaixo foram copiadas.

A gente revive todos esse personagens que fizeram parte de uma geração, além de apresentações com Jair Rodrigues, evidentemente representado por um outro artista,  (foto abaixo), além de Tom Jobim, quando ela o procurou lá em Paris para conhecê-lo e  gravar com ele um disco. 
Muito emocionante o encontro de Elis com Henfil que a "rifara" em duas charges por ter ela cantado na abertura das Olimpíadas Militares, tendo feito isso sob ameaça. Ela se explica com o cartunista e canta para ele a música que João Bosco acabara de fazer para o irmão "Betinho", que se encontrava no exílio: "O Bêbado e o Equilibrista". Foi muita emoção. Haja coração!

Meu Brasil!
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora
A nossa Pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarisses
No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente ...
Já com o elenco no palco, para os aplausos, dá pra tirar essa foto.
O espetáculo dura 3 horas mais 15 minutos de intervalo. Foi a coisa mais linda que assisti até hoje. 
Se você puder, venha em SP para assistir. Se o problema for grana, peça demissão do emprego, use as verbas rescisórias e o FGTS, se vira. Depois você arranja outro emprego. Esse espetáculo é único.

Comentários


  1. Cléber, fico feliz por você ter podido ver tão grandioso e significativo espetáculo revivendo Elis Regina e aquela época
    realmente inesquecível. Fico a Imaginar as três horas de um espetáculo que você tão bem descreveu !

    Mudando o assunto: no seu E-mail já resumi o que aconteceu na pequena reunião que acabou acontecendo aqui, a partir das 4 hs e durou apenas 40 minutos. Não fiz foto, é só mesmo o que ficou decidido. Veja lá.

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