CONTRIBUIÇÃO DE EVART VON RANDOW-BELISÁRIO

A roda do trem

O trem estava parado na estação de Três Rios quando um senhor de uma certa idade, com uma lanterna e um martelo batia nas rodas do trem. Aí um curioso lhe perguntou:Meu senhor, sempre que o trem para aqui eu vejo o senhor bater com o martelo nas rodas, para que isso? O senhor lhe respondeu: Meu amigo! Eu trabalho na Rede há mais de 20 anos e ninguém nunca me explicou pra que que tinha de bater nas rodas, apenas diziam que tinha que bater em todas as rodas.
O senhor com toda a sua idade não sabia que se batia nas rodas pra ouvir, através do som, se alguma roda estava rachada, pois o som de uma roda rachada é diferente.

O barulho da bota no assoalho

Um cidadão muito nervoso estava hospedado num hotel e todas as noites que ele ia dormir um hospede do quarto de cima, que ia se deitar mais tarde, tirava suas botas e as jogavas no chão, fazendo um grande barulho no assoalho de madeira. Somente Depois disso é que ele conseguia dormir.
Uma noite o hóspede de cima, sabendo do nervosismo do hóspede de baixo, resolveu tirar uma bota de vagar, colocá-la do lado da cama e tirou a outra, jogando-a com força no chão, fazendo aquele barulho e se deitou.
Lá pelas tantas, ele já estava dormindo quando o hóspede de baixo bateu em sua porta e ele foi atender.
Quando o hóspede de baixo lhe falou: Pô rapaz! Você não vai tirar a outra bota?.

A teta da vaca e o relógio

Um senhor estava tirando leite da vaca quando um rapaz passou e lhe perguntou as horas. O senhor puxou a teta para um lado e lhe disse as horas. O rapas saiu muito invocado, foi a onde tinha que ir e na volta voltou a perguntar as horas. O senhor fez a mesma coisa, puxou a teta para um lado e lhe disse as horas. O rapaz, não se contendo  perguntou: meu senhor, esta vaca tem um relógio nas tetas? O senhor lhe respondeu: não meu amigo, eu puxo a teta da vaca para ver o relógio da igreja que fica lá em baixo!

Comentários


  1. A respeito de trem, e também de horas: na minha infância em D.Lara, estação de trêm "maria-fumaça" que passava de tarde
    para Caratinga e, de manhã vinha de lá e seguia para Ponte Nova até Muriaé,, quando alguém que ia começar a preparar
    o almoço ou o jantar perguntava lá em casa as horas, tinha alguém que respondia: está cedo, o trem ainda não passou.
    Realmente, quando o trem passava pela curva da várzea do Sr. Maurílio era um espetáculo! Apitava, batia sinos, barulho de freios nos trilhos. Minha mãe costurando de tarde comentava: o trem está partindo para Caratinga, são quatro horas, vamos
    para a cozinha preparar o jantar. A gente morava com um irmão de minha mãe e minha tia tinha dois irmãos orfãos, assim éramos nove, com os meninos do tio. Depois, veio o caçula da minha tia. Na hora do jantar, todo mundo estava junto, menos um que tomava conta da loja. Mas revezavam de vez em quando. A gente pouco falava durante o jantar, porque, logo em seguida voltava a trabalhar, cada um na sua obrigação. Um clima de muito respeito, responsabilidade e obediência.
    Mas, na hora de brincar era pra valer. Inventávamos nosso próprio parque de diversões. Algum adulto bonzinho ajudava a montar trapézios," burrinha" que era uma táboa que girava entorno de um eixo - um de nós ficava numa ponta o outro na outra, brincar de circo era também o máximo ! O palhaço imitava de forma caricata o Vicente Celestino que fazia sucesso no rádio com "Tornei-me um ébrio busco esquecer aquela ingrata, que eu amava, que eu amava e... que me abandonou. .."
    Tempos bons os da infância de qualquer de nós, vividos de qualquer maneira, em qualquer lugar, acho. Quem não se lembra com carinho as peripécias de sua infância? É aquele menino ou menina que continua vivendo dentro de nós, que nos faz companhia, que nos anima, nos empurra, nos consola, nos alegra porque ri muito e é até conselheiro, de vez em quando. Sabedoria de menino ou menina...

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