VOCÊ JÁ ANDOU DE CARRO DE BOI?
Muitas matérias eu faço praticamente sem sair. É só deixar a porta aberta que ela vem a mim. Olha essa imagem em frente à minha casa! Você lembra disso? Já andou em um?
Quando criança roça para mim tinha tudo a ver com isso, embora era mais para ficar enchendo o saco dos bois. A velocidade do veículo era incompatível com a minha. Adolescente vim passar férias em Rosário da Limeira, na casa do falecido Tio Gil de Souza Lima e levei coice de um boi, que estava sendo por mim atazanado, num carro desses. Inchou, mas não quebrou.
Você quer saber um pouco sobre ele? Então Vamos ao http://pt.wikipedia.org/wiki/Carro_de_boi
Rio Grande do Sul (1839) – travava-se a Guerra dos
Farrapos. Tudo
acertado para a invasão de Santa Catarina. Os revolucionários – de um
lado Davi Canabarro chefiava as tropas de
terra. Do outro, Giuseppe
Garibaldi daria
cobertura por mar, atacando os portos da província. Um problema, porém,
precisava ser solucionado: os dois lanchões da frota revolucionária estavam
imobilizados na foz do rio Capivari. Como a Lagoa dos Patos estava interceptada pela
esquadra da União, restava a Garibaldi a saída por terra mas, sem os
lanchões a tomada da província era impraticável. A solução veio pelas mãos do
mestre Joaquim de Abreu, “carpinteiro de ofício e revolucionário por
convicção”, preparou dois estrados de vigamento reforçado, aparelhou troncos em
formato de eixos e o resultado: dois carretões pesando 12 e 18 toneladas,
respectivamente. As 50 juntas de bois atreladas a cada carretão, após seis dias
de marcha, transportaram os barcos até o rio Tramandaí. A façanha não bastou para
vencer a revolução: a causa farroupilha acabou sendo derrotada, mas constitui
um capítulo na história do carro de bois.
Tomé de Sousa – primeiro governador-geral
do Brasil – trouxe consigo carpinteiros e carreiros práticos e, em 1549, já se ouvia o “cantador” nas ruas da nascente
cidade de Salvador.
Nos primeiros tempos da colonização, além de manter
em movimento a indústria açucareira - da roça ao engenho, do engenho às
cidades, o carro de bois mobilizava a maior parte do transporte terrestre
durante os séculos XVI e XVII. Transportavam materiais de construção
para o interior e voltavam para o litoral carregados com pau-brasil e produtos
agrícolas produzidos nas lavouras interioranas.
No Brasil colonial, além dos fretes, o carro de
bois conduzia famílias de um povoado para outro –
muitas vezes transformado em “carro-fúnebre” e os carreiros precisavam
lubrificar os cocões para evitar a cantoria em hora imprópria.No início
do século XVI, o carro de
bois era ainda absoluto no transporte de carga e de gente. No Sul, no Centro,
no Nordeste, era indispensável nas fazendas.
No Rio Grande do Sul as carretas conduziam para
a Argentina e para o Uruguai a produção agrícola. Na Guerra do Paraguai, os
carretões transportaram munições, víveres e serviram ainda como ambulâncias.Em
meados do século XVIII, entretanto,
com o aparecimento da tropa de burros, o carro de bois perdeu sua
primazia. Mais leves e mais rápidos, os muares não exigiam trilhas prévias e
terrenos regulares. No final do século, vieram os cavalos para puxar carros, carroças e carruagens, e o carro de bois foi proibido por
lei de transitar no centro das cidades, ficando o seu uso restrito ao meio rural.
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Felizmente não fui de cidade e nos lugares onde vivi o carro de boi mesmo que tivessem mais a primazia transitavam pra lá e pra cá, graças a Deus sempre cantando pois a gente gostava de ouvir. Rádio ainda não conhecia. A gente gostava de ourvir um canto, nem que fosse o do carro de boi. Quando ia de Babilônia (Vieiras) a Sta. Rita do Glória (Miradouro), mamãe a cavalo, de silhão, de saia comprida, sentada de lado (era só assim que as mulheres podiam montar a cavalo), e nós nos balaios em um burro, meu irmão Aloysio e eu, era uma festa. As primas nos recebiam com alegria, nos ensinavam
ResponderExcluircanções novas, mostravam tudo que havia de bom por lá. O que me irrita mesmo, é hoje, em um aeroporto, quando o alto-falante anuncia: "passageiros com destino a ..", momento desconfortável ! . Viajei muito, mas nunca consegui ser "amiga íntima" do avião. Em nenhum momento, nem na decolagem, nem durante o vôo, muito menos na aterrissagem me senti feliz como no lombo de um cavalo ou num carro de boi.
A história do progresso
ResponderExcluirSó quem viu sabe o que foi
Ontem o boi puxava o carro
Hoje o carro puxa o boi.
A história do progresso
ResponderExcluirSó quem viu sabe o que foi
Ontem o boi puxava o carro
Hoje o carro puxa o boi.
Adorei, Jorge José.
ResponderExcluirCléber
Muitos pensavam que, com os meios de transportes modernos e evolução tecnológica, os carros de boi e as suas cantigas peculiares iriam desaparecer, e só os encontrariam em museus, telas de pinturas ou esquecidos em fazendas antigas. Contudo, ocorreu uma reinvenção para o uso dos carros de boi, saíram do labutar para o festejar. No livro “FESTAS DE CARROS DE BOI” lançado recentemente mergulhei na sua história, na cultura de um povo, e com riqueza de detalhes e fotografias, mostrei o porquê das Festas de Carros de Boi fazerem parte do calendário cívico de algumas cidades Brasileiras. Especialmente, por encantar todos os participantes e visitantes de vários lugares do Brasil e do exterior, independente do sexo e idade. É paixão a primeira vista, seja pela cultura, pela tradição, por curiosidade, pelo festa e por ter se tornando um acontecimento histórico.
ResponderExcluirPara adquirir o livro “Festas de Carros de Boi” ou para maiores informações pelo e-mail: rogerioscorrea@gmail.com
Se você quer conhecer algumas festas de carros de bois basta acessar: http://rogerioscorrea.blogspot.com.br/
Também sou mais um apaixonado pelo carros de boi, sua história e festividades com esse nobre transporte que quase foi extinto. Recentemente lancei o livro “Festas de Carros de Boi” que vem de encontro a uma lacuna existente quanto aos assuntos abordados, a paixão pela nossa cultura e pelo carro de boi. Pois, muitos pensavam que, com os meios de transportes modernos e evolução tecnológica, os carros de boi e as suas cantigas peculiares iriam desaparecer, e só os encontrariam em museus, telas de pinturas ou esquecidos em fazendas antigas. Contudo, ocorreu uma reinvenção para o uso dos carros de boi, saíram do labutar para o festejar. Neste trabalho o autor mergulha na sua história, na cultura de um povo, e com riqueza de detalhes e fotografias, mostra o porquê das Festas de Carros de Boi fazerem parte do calendário cívico de algumas cidades Brasileiras. Especialmente, por encantar todos os participantes e visitantes de vários lugares do Brasil e do exterior, independente do sexo e idade. É paixão a primeira vista, seja pela cultura, pela tradição, por curiosidade, pelo festar e por ter se tornado um acontecimento histórico.
ResponderExcluirPara divulgar festas de carros de boi e pesquisá-las criei alguns blogs, convido você e seus leitores para conhecê-los:
Rogério Corrêa
http://rogerioscorrea.blogspot.com/
http://festadocarrodebois.blogspot.com/
http://carrodebois.wordpress.com
http://ocarrodeboi.blogspot.com/
rogerioscorrea@gmail.com
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ResponderExcluirLançamento de “Festas de Carros de Boi”
ResponderExcluirSeria possível divulgar o lançamento do livro ”Festas de Carros de Boi” no site de vocês ou outro meio que disponibilizarem? Pois é algo singular, resgata e divulga a cultura do povo sertanejo e as suas ricas tradições.
O escritor Rogério Corrêa o livro “Festas de Carros de Boi” (versão digital) que está disponível nas principais livrarias.
Convidamos você para dar uma olhada em um dos sites das livrarias abaixo, basta apenas escolher o de sua preferência e clicar:
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http://store.kobobooks.com/pt-BR/ebook/festas-de-carros-de-boi
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=82695479
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7506497?PAC_ID=18659
https://www.iba.com.br/livro-digital-ebook/FESTAS-DE-CARROS-DE-BOI-a6af457f9a6044716a828db9d21b90ce
Caso queira o livro impresso deverá acessar o endereço: http://www.carrosdeboi.com.br/
Boa leitura,
Rogério Corrêa
www.carrosdeboi.com.br