FAZENDO UMA VISITA NA ROÇA

Nós sempre falamos que estamos abertos a sugestões de matérias que falem de Belisário. Eventualmente recebemos algumas. Dessa vez veio de São Paulo, Rosany Calais, que de lá nos acompanha. Ela  falou de um belo pé de lichia, lá no sírio de seus pais. 
Semana passada Mirian e eu tomamos a direção do Serrote.

Pelo que Tião Arnaldo nos explicou lá atrás, não deve ser aqui. Mais pra frente.
Com certeza chegamos. Carona abre porteira.
E os donos da casa vieram nos receber. Sr. Antônio Coelho e D. Irene Calais. Duas famílias tradicionais do distrito, que se uniram pelo matrimônio. Ele é irmão do falecido Taninho Coelho, pai de Vandim e Wolninho. Ela irmã de Lurdinha e Zé Calais. Só gente famosa.
Esse não é coelho e não fez cara muito boa.
Mas a gente se sente abençoado ao entrar na propriedade.
Também pelas flores.
Copos de leite são vendidos para a ornamentação de eventos.
E tem pé de galinha...
... cujos frutos são dados em outra árvore, dentro do balaio.
E aí está o famoso pé de lichia que Rosany falou.  Segundo Irene, estava muito mais carregado. Ocorre que as abelhas  também gostam da fruta.
Mais carregado ainda?
É muito doce! Mas essa fruta não fez parte de nossa infância. 
No Wikipedia a gente pode ler:
A lichia é encontrada principalmente na china, Índia, Madagáscar, Nepal, Bangladesh, Paquistão, sul e centro de Taiwan, a norte do Vietname, Indonésia, Tailândia, Filipinas, África do Sul e do México.
Se presta para consumo ao natural, para a fabricação de sucos, compostas e ainda para a passa. Contém alto índice de vitamina C, além de possuir as do complexo B, sódio, cálcio e potássio.
O primeiro local no Brasil com cultivo da lichia foi no Rio de Janeiro, no Jardim Botânico, na época em que a Corte Portuguesa chegou à sua colônia (início do século XIX). Porém, em escala comercial se deu no final da década de 1970, porém nos últimos cinco anos, a produção nacional está comprometida pelo ácaro Aceria litchiie não havendo  nenhum produto químico registrado para a cultura.
   
Mas tem mais cenas da roça por aqui.

Uma hortinha perto da casa sempre tem.
Só pra tirar uma foto da vassoura.
A água pode ser bebida na torneira. Cadê a torneira?
Vista das montanhas, pela  janela da cozinha.
De onde já dá até pra conferir parte do gado.

Muito boa a prosa. Sr. Antônio nos mostra tudo. Também o alambique, tocado a animal, para moer a cana. A família Calais é grande produtora de doces na região. Aqui eles fabricavam rapadura e melado. Agora deixaram de fazê-lo. Doces ainda fazem.

Os filhos estão todos em São Paulo. Além de Rosany tem o Toninho, a Raquel e a Kátia. Eles e os netos são aqui lembrados diariamente, através das fotografias.
"Sê" pensa que sai da casa de mineiro sem comer doce?  Tudo fabricação de Irene.
Essa foto Irene manda para o primo Dárcio Calais, lá em BH.
Eu não ligo pra comida, muito menos pra doce. Mas vou abrir uma exceção, pra não fazer desfeita.

E com direito a levar um saco de lichia pra casa.
O sítio fica bem pertinho.
Foi uma agradável visita. Ficamos de voltar lá no final do ano. Até lá aqueles franguinhos estarão no ponto. Se bem que eu não ligo pra comida.

Comentários

  1. Quando eu abro o EMBELISARIO à noite, eu já sei que vou ter que jantar de novo. E ainda me provocam.
    Eu até tenho queijo aqui, mas não tenho a bendita goiabada.
    Falando sério.
    Leio tudo que se publica no EMBELISÁRIO, porém os cenários e os fatos da zona rural me encantam de maneira especial. Além de flores, galinhas, cachorro, fogão a lenha, frutos e horta, essa de hoje ainda mostra uma charrete, nosso meio de transporte durante muitos anos. É "bom demais da conta".

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  2. Essa postagem foi pra nos deixar com muita saudade de Beli não foi? Rs.
    Que vontade de passar uns dias por ai curtindo essas delicias da roça!
    Abs,
    Flavinha Paradela

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