JUIZ DE FORA DISCUTE MÚSICA AO VIVO NOS BARES
A notificação de alguns
estabelecimentos da cidade por parte da Secretaria de Atividades Urbanas devido
a irregularidades em apresentações de música ao vivo indignou profissionais que
dependem da atividade, levando a um manifesto no último dia 7. Cerca de 20
músicos pedem a revisão dos critérios para se conseguir o alvará para o
funcionamento dos estabelecimentos dentro desta atividade. Uma audiência
pública foi marcada para o dia 25 de setembro, na Câmara Municipal, às 15h,
para que o assunto seja discutido.
Mas, se por um lado, o rigor na fiscalização
desagrada os músicos, por outro, tranquiliza comunidades que sofrem com
perturbação do sossego, sobretudo moradores de bairros com alta concentração de
bares como São Mateus, Alto dos Passos, Jardim Glória e São Pedro. O assunto já
foi amplamente discutido pela Tribuna em matérias anteriores, e a solução
apontada por todos estaria na adequação das casas e na imposição de horário
limite para as apresentações.
"Não temos o objetivo de
desrespeitar a comunidade. Sabemos que há formas de isolamento acústico e
equipamentos com potência adequada que possibilitam o bem-estar dos moradores.
Se a música é o fator principal do estabelecimento, ela deve ser tratada com respeito
pela casa, e, quando isso acontece, o frequentador daquele local entende a
proposta e vai ali para apreciar as canções apresentadas. Lutamos para que seja
feita uma revisão no processo de aquisição dos alvarás", destaca o
vice-presidente da Cooperativa de Música de Minas (Comum), Fred Fonseca.
Sem barulho, sem trabalho
Na visão de Miranda, a
impossibilidade de os bares poderem atuar nesta atividade deixa os artistas
locais sem perspectivas de trabalho."Eu fiquei duas quintas-feiras parado
e estaria até hoje se não tivesse fechado com outra casa. Estava fazendo minha
voz e violão na Pizzaria Sapore e fui surpreendido com a notícia de que eles
haviam sido notificados por causa de barulho, sem nem mesmo ter recebido um
comunicado com antecedência."
Sobre a medição, a secretária afirma
que ela só é feita quando há reclamação formalizada na secretaria, e ela é
realizada da casa do reclamante. Se, a partir daí, as normas relativas à
poluição sonora não estiverem sendo seguidas, além da autuação do
estabelecimento, será necessário a adequação acústica do local para que a
atividade musical seja licenciada. "A Prefeitura não tem a intenção de
atrapalhar a atividade econômica, mas os critérios legais têm que ser observados.
Os bares que foram notificados, se estiverem dentro do zoneamento permitido,
adequados acusticamente e exercendo as atividades previstas pelo alvará, podem
voltar a funcionar com música ao vivo."
Fonte: www.tribunademinas.com.br
Não deve ser nada agradável morar ao lado de uma casa noturna e ser obrigado a compartilhar de uma som todas as madrugadas, principalmente quando este não é se seu gosto.
Aqui em Muriaé, o som dos 'shows' realizados no recinto da exposição podem ser ouvidos em propriedades rurais lá na Serra do Belvedere.
ResponderExcluirRenato Sigiliano