ENTREVISTA COM D. DIOGO

Conhecemos neste domingo o Bispo Emérito da Diocese de Teófilo Otoni, D. Diogo. Uma figura muito interessante, de origem holandesa, bastante aberto, o que permitiu um bom e agradável papo entre nós.



Ele veio participar das comemorações da Semana Santa em Belisário. D. Diogo foi bispo em Almenara e Teófilo Otoni, no norte de Minas. Nessas regiões conviveu com graves problemas sociais decorrente dos grandes latifúndios. Grande concentração de terras nas mãos de poucas pessoas, o que impede a circulação da riqueza.



Reconhece que tem havido avanços políticos e acha que a Igreja Católica também tem contribuído para isso. A Pastoral da Saúde, por exemplo. Também a Pastoral da Criança, uma grande iniciativa da inesquecível Zilda Arns, falecida no terremoto último havido no Haiti.



Também reconhece que a Igreja Católica cometeu equívocos ao longo da história, mas os avanços foram muito superiores. Dessa forma acredita na sua Igreja.



Vê como muito oportuno o lema da Campanha da Fraternidade 2011 “FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA – A Criação Geme em Dores de Parto


Sobre isso afirma: “A terra é um presente de Deus, a partir do Éden. Precisamos recuperar o Éden destruído. É preciso haver o respeito à natureza e respeito à própria pessoa. É preciso cuidar do todo, começando pela própria casa, pela sua propriedade. Precisamos entrar no projeto de Deus de salvar como Jesus fez. De entrar na sua escola e ser seu discípulo".



Quando o perguntamos sobre a sua visão em relação às mineradoras que estão atuando na região, com possibilidades de expandirem as suas áreas de retirada de bauxita, ele afirmou que não pode ser contra a exploração de minérios, mesmo porque sua família em sua maioria viveu da exploração das minas de carvão, lá na Holanda. É uma riqueza da qual o país precisa. O que teme é a possibilidade da corrupção impedir que órgãos fiscalizadores atuem da forma que a lei exige. Quanto ao desarmamento, entende que a pressão deve começar contra os fabricantes de armas.



Perguntamos se ele acha que a Igreja Católica é a única que detém a verdade que salva, afirmou categoricamente que não. Não pode dizer, por exemplo, que um mulçumano não consiga chegar ao reino dos céus. Não pode se assustar se ele chegar lá no céu e se deparar com o assassino das crianças de Realengo. Não compete a nós esse julgamento.


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